Licença-paternidade ampliada para até 20 dias avança na Câmara dos Deputados.
- Hermes Vissotto

- há 2 horas
- 2 min de leitura

A Câmara dos Deputados aprovou um projeto que amplia, de forma gradual, a licença-paternidade no Brasil, medida considerada um importante avanço para a promoção da paternidade ativa, da equidade de gênero e do desenvolvimento saudável das crianças.
A proposta segue agora para análise do Senado Federal. Caso seja aprovada e sancionada, poderá representar uma mudança significativa na política familiar do país, aproximando o Brasil de modelos adotados em diversos países que valorizam a presença do pai nos primeiros dias de vida do filho.
O que muda
O texto aprovado prevê que a licença-paternidade, atualmente de cinco dias, seja ampliada até chegar a 20 dias, em fases:
• Primeiro ano de vigência: 10 dias
• Segundo ano: 15 dias
• Quarto ano: 20 dias
Essa implementação gradual permite preparação e adaptação de empresas e do próprio Estado até a efetivação do período máximo.
A proposta também garante estabilidade ao pai, impedindo demissão sem justa causa desde o início da licença até um mês após o retorno ao trabalho. O direito vale tanto para nascimento biológico quanto para adoção ou guarda judicial.
O texto ainda permite fracionar o período de licença, desde que pelo menos metade seja usufruída imediatamente após o nascimento ou adoção, e o restante possa ser utilizado dentro de seis meses.
Condições e limitações
A ampliação está vinculada ao desempenho fiscal da União. Isso significa que, caso metas orçamentárias não sejam cumpridas, o aumento do prazo pode ser suspenso temporariamente.
Outra discussão presente no processo legislativo envolve o impacto financeiro e operacional para pequenas e médias empresas, que precisarão adaptar rotinas e garantir substituição temporária dos trabalhadores.
Por que essa mudança é importante
• Incentiva a paternidade ativa desde os primeiros dias de vida do bebê
• Promove divisão mais equilibrada das responsabilidades familiares
• Apoia o desenvolvimento emocional e cognitivo da criança
• Contribui para combater desigualdades de gênero no cuidado infantil
• Acompanha tendências internacionais de políticas familiares
Especialistas reforçam que a presença do pai no pós-parto reduz a sobrecarga materna, fortalece os vínculos afetivos e cria bases mais saudáveis para o desenvolvimento social e emocional da criança.
Próximos passos
O projeto segue para votação no Senado. Se aprovado, será encaminhado à sanção presidencial. Só então o cronograma de ampliação começará a valer, com previsão inicial para 10 dias no primeiro ano de vigência.
A ampliação da licença-paternidade responde a demandas sociais contemporâneas, em que a participação paterna ultrapassa a figura de apoio e se torna parte indispensável no cuidado infantil.
O debate agora se concentra no Senado e as próximas etapas serão decisivas para transformar essa conquista em direito efetivo para milhões de famílias brasileiras.
Fontes
Congresso em Foco
O TempoMeio News
Câmara dos Deputados — tramitação legislativa

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