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ONU manifesta preocupação com operação policial no Rio e cobra investigação e reformas no modelo de segurança pública.

  • Foto do escritor: Hermes Vissotto
    Hermes Vissotto
  • há 4 horas
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Volker Türk, Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos
Volker Türk, Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos

A recente operação policial no Complexo do Alemão e no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro, considerada a mais letal da história do estado, repercutiu internacionalmente e motivou posicionamento oficial do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. O órgão declarou estar horrorizado com o número de mortos e pediu investigações rápidas, eficazes e independentes, além de reformas urgentes nos métodos de policiamento, especialmente em comunidades periféricas.



Segundo o comunicado, a ONU demonstrou grande preocupação com relatos que apontam dezenas de mortes e possível uso excessivo e desproporcional da força. A organização destacou que toda operação policial deve respeitar padrões internacionais de direitos humanos e ressaltou que cada morte precisa ser investigada com seriedade, garantindo transparência e responsabilização caso sejam identificadas violações.


O Alto Comissário Volker Türk afirmou que o policiamento em uma sociedade democrática deve proteger vidas e dignidade, reforçando que comunidades não devem ser tratadas como zonas de guerra. Para a ONU, operações sistematicamente letais alimentam um clima de medo e prejudicam a confiança no Estado, afetando diretamente a paz social e a sensação de segurança.


Além do pedido de investigação, a ONU reforçou cinco medidas prioritárias. Entre elas estão a revisão de protocolos de uso da força, fortalecimento da transparência e da supervisão institucional, publicação regular de dados sobre operações policiais e aproximação entre forças de segurança e a população civil.


A manifestação internacional ocorre em um contexto de debate nacional sobre segurança pública, políticas de combate ao crime organizado e os impactos dessas ações sobre moradores de favelas, incluindo crianças, jovens e famílias que vivem em territórios marcados por vulnerabilidades sociais.


Entidades brasileiras de direitos humanos também se posicionaram, ressaltando que a violência letal nas favelas não pode ser naturalizada e defendendo o respeito aos direitos fundamentais previstos na Constituição Federal e em tratados internacionais ratificados pelo Brasil.


O episódio reforça a importância de construir soluções que combinem segurança cidadã, ações preventivas, inclusão social, oportunidades para juventude e políticas públicas intersetoriais que fortaleçam a dignidade e o desenvolvimento sustentável nos territórios populares.


Fontes

ONU OHCHR Press Release – Genebra, 30 de outubro de 2025

Reuters Brasil – 29 e 30 de outubro de 2025

Le Monde Internacional – 28 de outubro de 2025

Agência AP News – 29 de outubro de 2025

 
 
 

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